quarta-feira, 25 de maio de 2011

De mandar e não obedecer


E vieram me dizer pra me ater ao que os professores me mandam ler...

Acho que vou tapar os olhos e ouvidos ao mundo ao meu redor e fingir que nada do que vivo me altera ou modifica minha visão de mundo.




OU não...

Posso simplesmente ignorar os absurdos que me pedem e viver como eu quiser, independente das retaliações e consequencias...

Pronta pra receber com um sorriso ironico as inconsistencias da vida!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Hoje é dia 24 de maio. O Santo Padre o Papa nos pede orações pela China nesta data e a IAM não pode ficar de fora pois este país populoso foi aonde nasceram os primeiros projetos de nossa obra.
Fiquem com Deus!
Vamos rezar uma Ave-Maria pela China?
Pe. André Luiz de Negreiros
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária

sexta-feira, 20 de maio de 2011

De celulares tocando nos bolsos dos outros




Era missa de lava-pés, na quinta-feira santa, da última páscoa.

Poucos minutos antes do início da missa, senti meu celular vibrar com uma daquelas mensagens automáticas de quando alguém manda um post pelo twitter. Agradecendo a Deus por ter acontecido antes da missa começar (embora tenha sido apenas um vibrar percebido por ninguém mais além de mim), desliguei o celular, coisa que não costumo fazer até porque não costumo levar o celular para a igreja.

Enfim, celular devidamente desligado, sentimento moral e religioso de boa moça, fui curtir a minha missa.

Lá pelas tantas, mais ou menos na hora do ofertório, ouve-se um barulhinho de celular ao longe. Todos num raio um metro olham ao redor, procurando o aparelho perturbador e a pessoa de má índole moral e religiosa, inclusive eu, só para depois concentrar meu olhar à frente, pensando como era bom ter desligado meu aparelho.

Ainda assim, o insistente barulho continua, e eu me pergunto se não seria a mesma música do meu celular. Mas era um som baixo e difuso, e a música é conhecida dos adolescentes (cortesia de quando a minha irmã passou 3 meses com o meu aparelho), deixei pra lá.
Os segundos desconfortáveis se alargavam, até que a senhora ao meu lado me cutucou e apontou para o meu bolso. Quase - mas não- arrogante, murmurei que eu o havia desligado, mas por desencargo de consciência, retirei-o do bolso.

Qual não foi a minha surpresa ao perceber que era sim meu aparelho o perturbador da calma e dos bons costumes!!!!

Desliguei o despertador sem demora (era isso que era, o despertador) e lembrei quase imediatamente de ter programado o despertador para aquele horário no dia anterior, pois iria filmar a apresentação da turma da minha irmã na escola.
Só não havia reparado que o despertador estava configurado para tocar em todos os dias da semana. (Ooops!)

Como sempre, num rompante de reflexão epifânico ao estilo clariceano, eu me pus a pensar.
E pensei em quantas vezes somos os que olham reprovadoramente para os vizinhos, esperando de testa enrugada quem vai se acusar de ser o pertubador da paz, aquele que quebra o silêncio com seu barulho perturbador.

Quantas vezes somos aqueles que reprovam os que ousam nos tirar da calmaria de um momento, e quantas vezes reclamamos do barulho do mundo ao nosso redor?
Mas esse episódio me fez pensar: Quantas vezes o causados desse barulho irritante que nos rodeia somos nós mesmos?

Prestemos atenção ao nosso comportamento: pode ser que o barulho que nos perturba saia de nossos próprios bolsos....

quarta-feira, 18 de maio de 2011

De pequenas colcheias...

Minha prima de 3 anos (bom, agora ela já tem 4!!) ficou intrigada com o globo de neve que eu dei pra minha irmã. Bem, ele não é bem de neve...

É o souvenir de uma das atrações do Hollywood studios: Um globo que contém a guitarra da Rock'n'roller Coaster, com o cabo da guitarra e o carrinho rodeando o globo por fora. A base são as teclas de um teclado e, ao invés de flocos de neve, ele tem pequenas colcheias coloridas de paetês, que flutuam quando a gente gira o globo. Muito fofo.

Mas não é sobre isso que eu quero falar. Eu quero falar do modo como a minha loirinha olhava curiosa para o globo... Em um dado momento, ela se voltou para a minha mãe e perguntou:

- Tia, onde toca a música???

Minha mãe chegou a procurar um botão,achando que havia algum dispositivo de som, mas o globo é simplesmente um globo, e ela nada encontrou. Falou então pra Loirinha que ele não tocava música. A pequenina argumentou decidida:

- Mas tá cheio de música aí dentro!!

XD

Pode ser só corujisse de minha parte, mas ver uma menininha de 3 anos dizendo que pequenas colcheias são música fizeram o meu dia!

terça-feira, 17 de maio de 2011

De heróis e felicidade...

Não controlo como cada um dos textos que tenho postado me vem à mão, mas aparentemente o tema recorrente dessa semana (ou mês, quem sabe) é a felicidade, nas palavras de pessoas diferentes com visões diferentes.

Não que eu concorde plenamente com as palavras de
Shinyashiki
, mas compartilho, sim, de muitas de suas ideias sobre a vida e a sociedade atual.

Por fim, faço a ressalva de ser um texto de alguns anos atrás, mas ainda assim atual e coerente.

Boa leitura!




Entrevista com Roberto Shinyashiki

A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTO É - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.

ISTO É -O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTO É - Há um script estabelecido?
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?
- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: - Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: 'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'. Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!

ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki -Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nemser, nemter, o objetivo de vida se tornouparecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência? Shinyashiki -Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia: 'Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo. Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?' Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas: A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade... A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema.. Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: 'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'. Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

domingo, 15 de maio de 2011

De ser feliz...

Minimamente Feliz


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num
outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de
que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em
conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café
recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a
fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu
esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na
primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'
.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E
faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra
'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego
fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E
quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas
alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.

Leila Ferreira, jornalista

quinta-feira, 12 de maio de 2011

De museus e seus segredos

Na :: Revista da Cultura :: que eu recebi hoje, uma reportagem que chama atenção.

Apenas cerca de 3% das obras exustentes em museus brasileiros são de fato expostas ao público.... E a desculpa quase unânime é a função do museu de "Preservar as obras, além de exibí-las".

E aí, profssional da informação, te lembrou de alguma coisa?

A mim veio um flash quase dejavuneano das bibliotecas da Antiguidade, que priorizavam o armazenar conhecimento em detrimento do Disponibilizar conhecimento.

Sei que n'ao estudo museologia, e com certeza esses profissionais treinados tem suas razões... MAs será mesmo tão importante guardar para nossos filhos e netos obras que nem nós mesmos pudemos contemplar?

Penso em como me sentia estudando as obras controversas da Semana de 22 e pensando na reação das pessoas da época. E penso em meus netos me perguntando o que as pessoas acharam de uma pintura feita pra se pisar em cima, da minha época. Me vejo tendo que responder que não sei... afinal, ninguém nos deixou vê-la!

Sei que é bem mais fácil recuperar a informação de livros raros ser expô-los propriamente, e que o mesmo não acontece tão facilmente com quadros e estátuas, mas será mesmo que no porão dos mueseus elas cumprem sua função melhor do que expostas a nossos olhos?

Proponho então uma solução: Que se abram ao público os porões dos museus!!!



Leia a reportagem original aqui.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Soprando Poeira I


Remexendo em meus cadernos de desenhos antigos, constatei que a mania de misturar desenhos com poesias e gráficos inconclusos não é recente... E nem a mania de usar temas de aula pra distrair fazendo poesia!

Então, em homenagem ao recente dia das mães, resolvi postar essa aqui, uma Ode à Mãe Geográfica, ou como queiram chamar... Um poema escrito em 2001, provavelmente em algum período de provas de geografia...

Pelo menos dá pra constatar que eu era uma criança criativa!!




"Minha mamãe se chama Rita
Vivo alegre a cantar
Porque a geografia
ilumina o meu lar

Mamãe é tão bonita
E tão rara que eu diria:
Mãe, você é a flor
mais bela da fitologia

Ela anda pelos lagos
e mares, que beleza
Pois a hidrografia
Faz parte da natureza

SE me perguntasse
Minha mãe, qual bicho seria?
Me apressaria a dizer:
A mais gata da Zoologia

Com amor e carinho
Eu te olho ao luar
Mas se começa a chover
É a climatologia no ar

Ritinha é feliz
Se pudesse a alegraria
Só preciso dizer:
Você é tão especial que faz parte
da minha biografia"

terça-feira, 10 de maio de 2011

De dormir ou não dormir

É tarde, e eu devo acordar cedo amanhã.
Mas um ceerto trabalho da faculdade me chama, no entanto, cada vez que me proponho a faze-lo maus olhos se fecham e embaralham as letras e a concentração se esvai.
Se ao menos fosse um trabalho inútil de um professor qualquer, eu o terminaria de vez, mas o assunto é interessante e o professor competente...

Devo dormir, mas chove.
E o céu está de novo naquele tom de vermelho que só a madrugada e a chuva trazem,
e ele sabe que esse tom de vermelho me faz suspirar.
E chove, e eu adoro a sinfonia da chuva, e os cheiros da chuva no silencio da noite.

E a casa inteira dorme, mas tudo ao meu redor respira as gotas geladas de som.

Um homem caminha devagar na chuva, e eu não sei de onde ele vem nem pra onde vai, mas como eu queria ser como ele.

Andar entre as gotas pesadas, e leve, e rápidas e desprendidas de chuva que se despencam lá do alto só pelo gosto de cair e correr.

Mas a rua é longa e o homem passou.
E a noite passa.
E a chuva passa.

E eu não quero perder o som da chuva, e o cheiro da chuva, então eu fico.

Sem coragem de dormir, sem coragem de trabalhar, tentando morder o ar que se condensa ao meu redor, mas ele é amargo e azedo e doce e meu lábios não o compreendem...

Então eu escrevo.
Escrevo pra perdurar a chuva e prender o momento em algum lugar,
e pra me impedir de dormir,
sem ter totalmente que acordar.

Então eu me deixo afogar pelo céu vermelho,
e me vou com a chuva que se vai
e minha força se esvai....
... e o sono pede passagem...
..........e a chuva passou....................

sábado, 7 de maio de 2011

De recordações e se supreender




Sempre me surpreende o quanto me afetas.
E me surpreende o quão frequentemente eu esqueço o que sinto,
e o quão surpresa eu fico quando redescrubro esse sentir.

Toda vez.
Todas as vezes.

E, ao lembrar, me repreendo, com um sorriso, por ter esquecido.
E, sorrindo, me repreendo de novo e de novo.

Hoje, mais uma vez, eu lembrei.

E pode ser a coisa mais tênua, o gesto mais suave, a brisa mais leve, que me faz recordar de ti.
E podem ter se passado anos desde que nos vimos,
ou que eu pensei em você, e me senti tua.
Ou podem ter passado apenas semanas, dias, horas.

Fico admirada como meu pensar se espande,
meu sorriso fica fácil,
tudo parece mais simples,
e meu corpo reage sempre, e sempre de uma maneira distinta.

Meu coração palpita, suave e então alardeia em meu peito, afoito
Meus olhos transbordam de emoções variadas
Cada célula do meu corpo ganha vida
E se expressa por inteiro

Minhas mãos tremulam mesmo tempos depois,
só ao lembrar que estive contigo, e em ti,
e que existes.

Sempre foste parte de mim,
corres em meu sangue,
e só quando me percebo apaixonada, então vivo

És de sombra, e de luz,
eu focada em ti,
és de som e silêncio,
lanço minha voz em ti,
és estático e és movimento,
eu me ponho em ação.
e o meu eu entã
entra de verdade em cena,
e sou tudo que posso ser

Quando cada detalhe se torna importante,
e cada segundo, eterno,
e cada movimento especial,
sinto que voltei às origens,
sinto que sei quem sou
e o que devo fazer

E a cada nova temporada,
a cada renovar de desafios,
renasce minha paixão,
e me surpreendo
com o quanto me afetas,
e com o quanto és o que sou.




quarta-feira, 4 de maio de 2011

De mais chuva...

E chove, e chove e chove...

Mas acabou que eu fiz uma oficina de jogos cênicos bem legais hoje cedo, e depois fui a uma palestra/demonstração com um professor de Teatro que me fez somar mais umas 3 disciplinas pra minha lista de disciplinas desejadas...

... o que significa aumentar ainda mais meu tempo de graduação, mas quem liga?

Acho que vou deixar minha monografia pronta, e ficar adiando a defesa só pra fazer as cadeiras legais que ngm coloca no meu curso... que tal??

(sentindo o olhar de papai e mamãe se vissem isso)

Bom, fora ter ido a esses dois eventos e molhado meus lindos pezinho nas enormes poças dessa cidade sem escoamento, acabei pegando sem querer mais dois filmes (e 3 episódios de seriados velhos) na Tv, que acabaram sendo interessantes.

Um, do estilo Sessão da Tarde, foi "Querida, encolhi as crianças", que me relembrou meus tempos felizes de mera estudante de ensino fundamental, em que aquela formiga era um monstro aterrorizante e eu queria dormir em uma das pecinhas do meu lego.

Não sei porque, mas "Estiquei o bebê" sempre foi meu favorito... nunca mais brilha brilha, estrelinha teve o mesmo significado pra mim...

O outro, com uma atuação surpreendente de Sandra Bullock que mereceu um elogio do meu pai (acredite, pra SB receber um elogio do meu pai, o filme é bom. Em geral, ele classifica so filmes dela como: "filmes Torta-na-cara que eu não consigo assistir", e essa é a segunda pior classificação de filmes do meu pai - só fica atrás de "filme torta-na-cara adolescente").

Um dia eu escrevo sobre as análises do meu pai...

Mas voltando ao filme, Um Sonho Possível, uma história real de um rapaz negro que é abrigado na casa de uma família branca de classe alta, e aceito como jogador de futebol americano da escola dos filhos da família. Meigo e Sensível, o rapaz conquista a todos com sua força de vontade e seu jeito tímido que não condiz com o corpo grandalhão.

Uma lição de vida, amizade, amor e proteção e, melhor ainda é uma história da vida real.

Detalhe para a semelhança incrível dos atores com os personagens da vida real. Muito bem feito, diretor!!!

E, pra quem sentia falta de chuva pra ficar em casa enrolado em cobertor vendo filmes, só faltou o cobertor!!