domingo, 26 de junho de 2011

A voz global de Haikaa Yamamoto - Música - Made in Japan

A voz global de Haikaa Yamamoto - Música - Made in Japan

Haikaa é uma artista fabulosa e uma sonhadora de voz maravilhosa...

Conhecer ser trabalho foi meu presente da semana!

Compartilho essa matéria sobre o trabalho dela com vcs!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma vontade...

Uma vontade danada de abraçar o mundo.

E de estar em vários lugares ao mesmo tempo

E de juntar pessoas num propósito bem aleatório...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

De um começo de ano...


Fazem apenas 6 meses que esse ano começou, e tanta coisa aconteceu...
A essa mesma altura do ano, no ano passado, minhas preocupações maiores eram as fotos da formatura e quais músicas cantar no retiro das crianças.
Eu nem me imaginava vivendo tudo que vivi de lá pra cá.
Hoje mesmo ainda me pergunto se aquela garotinha de tranças realmente fez tudo que me lembro de ter feito nesse começo de 2011.
É, acho que estou crescendo.

Pensei então em avaliar esse começo de ano enquanto ainda lembro o suficiente do que sinto, para ter um relato menos histórico e mais... bem, mais eu.

Quem diria que eu passaria Natal e Ano novo não só longe de casa, mas longe do meu país! E que me lançaria num programa de trabalho sem nem ao menos um conhecido, e sairia com tantos amigos e tantas experiências... 
Aprendi tanto com cada um deles, e ainda me faz falta o burburinho multilíngue que nos acompanhava enquanto meu amigo italiano explicava ao seu conterraneo uma expressão em inglês para que ele pudesse traduzir para o frances e fazer nostre amie entender o que um de nós brasileiros havia dito em português para o outro...
E apontar para uma árvore só pra ouvir o nome dela em 3 ou 4 idiomas distintos...
Percebi que somos todos iguais,e todos tão diferentes...
E que a língua é uma barreira tão facilmente transponível quando há curiosidade, caridade, paciencia e diversão!

E vivi na pele sonhos de criança que nunca ousei sonhar... E vi que a magia pode acontecer quando menos se espera, pq ela vive dentro de mim, e que os desejos se tornam realidade.

E guardo tantas histórias pra contar que às vezes conto algumas a mim mesma, tentando me assegurar de que existiram, e pra não encher o saco dos outros. Algumas experiencias só posso realmente compartilhar com algumas pessoas... e algo especial me liga aos ICPs que viveram esse tempo comigo.

Mas nem só de rosas foi o meu mar de inverno. Aprendi a fazer sozinha o que vale a pena pra mim e mais ninguém, e me divertir com minha própria companhia. E que a gente brigar com um amigo italiano ou americano é igualzinho a brigar com um amigo brasileiro, mas o americano vai ficar irado e desconfiado e o italiano sisudo e introspectivo . Mas ambos ficam ironicos. E que fazer as pazes com eles é que requer um pouco de conhecimento histórico-cultural... XD

Percebi o quanto minha bagunça deve irritar meus pais quando me vi falando igual a eles. E que comida não surge magicamente na geladeira, mas vem de um doloroso processo de gastar sola de sapato e rodas de carrinho de compras.

E que uma pessoa pode ser extremamente irritante em um momento e um doce em outro, e que vale mais a pena lembrar do segundo momento. Expecialmente se ele vem com um prato de comida quentinha no microondas te esperando às 2 da manha depois de um turno cansativo de trabalho.

E aprendi que acordar tarde tem consequencias e que não precisamos gostar de nossos chefes, mas se temos 4 é divertido gostar de pelo menos 2 deles... 

E pode ser que uma bronca traga um elogio maior do que vc poderia esperar receber se não tivesse recebido a bronca. 

Descobri em mim várias coisas, algumas antigas, alguma novas.
E uma delas é o ardente desejo de viajar e conhecer novas pessoas e viver tudo de novo e tudo diferente.

**********

Eua ia escrever esse post sobre coisas completamente diferentes, mas saiu isso aí, entç;ao acho que era isso que eu deveria dizer hoje.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

travel map


Travel Map
I've been to 7 cities in 2 countries
North America
United States: Miami
United States: New York
United States: Orlando
United States: Tampa
South America
Brazil: Fortaleza
Brazil: Sousa

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meus últimos dois dias!! XD


De momentos de um dia a mais

De acordar cedo e ir à praia, e de tirar fotografias, e ver o mar.
Mergulhar e sentir o sal na pele, de molhar o cabelo e dançar na areia.

De almoçar em família, e rir de piadas sem graça até ficar sem ar...
E duas taças de champanhe que não são suas, e de acompanhar.

De reunir os amigos na casa de alguém, de fazer música e cantar.
E cantar, e cantar e brincar de brincar, e fazer barulhos e criar...

De seguir uma vocação, e ouvir um chamado, de ir à missa e salmodiar
E família, e primas loirinhas, e uma barriga de alguém que ainda não chegou

De dançar e brincar, e rir de jogar a cabeça pra trás
E brincar de quadrilha e girar, girar, girar

De gravar tudo só pra depois assistir e implicar
E ver filmes caseiros de quem nem queria filmar

De dormir de cansaço e ainda assim acordar
E levantar e um banho e um sol e um céu sem nuvens

De trabalhar em algo que se gosta, assim, só pra variar
E se inspirar, e conversar, e opinar, se encher de poeira e nem ligar

De um almoço feito em casa, e um puff gostoso, e uma sala, e se jogar
E discutir besteira, e conhecer gente nova, e teorizar sobre o passado

De uma gaita e de cores, e uma janela cheia de flores, e desenhar.
E voltar ao trabalho, e ser alvo de um Júri, e ganhar.

De ver um amigo voltar a fazer algo que gosta,
E trocar desenhos, e rir sem motivos, e compartilhar

De voltar pra casa, e ver um amigo que nem se esperava ver
E trocar novidades, e reavivar vontades, e abraçar e abraçar

De um convite e um convite e de sonhar
E voltar pra casa antes de tudo acabar

De mais um amigo no ônibus, e uma surpresa e um sorriso
E chegar em casa, e jantar e respirar.

De respirar, e sorrir, e agradecer, e compartilhar
E um sonho, uma noite, um amontoado de palavras, e o sabor de poder se expressar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

De palavras galgando minha garganta

AAHHH

Sinceramente, o que vocês querem de mim??
Me sinto ma idiota quando as pessoas me passam pra trás, com a maior cara lavada do mundo, como se a gente, por ser, sei lá, a gente, fosse menos importante que um bando de representantes de venda.
Falta de respeito me irrita, e eu nem sei ahhhhhhhhhhhhhhhhhh
E o pior é que se eu respondo, me ferro, e vem um bando de gente hipócrita com mil pedras pra cima de mim,
e se não respondo, essa insatisfação me comendo por dentro.
É tão difícil assim ser coerente????
Ahhh, o que custa aceitar que as pessoas que TE PEDIRAM autorização pra utilizar algo seu estejam fazendo um bom trabalho??
É preciso se fazer de sonso e boicotar os outros??
O que custa aceitar que VOCÊ foi grosso antes de ter alguém reivindicando algo que você cobra, mas não cumpre!!!
É mais fácil fingir que nada aconteceu, e se fazer de coitado.
Queria sabe quem deu diploma pra essas pessoas. De verdade.

E queria saber o que eu mesma espero de mim.
As situações não me contentam, mas nada do que eu faço parece ajudar. Tenho que sentar como uma mosca morta e aceitar tudo que dizem?
Devo reivindicar o que eu acredito ser o certo e levar pauladas por isso?
Devo fingir que nada aconteceu e ter sangue de barata?

Devo sufocar meus gritos e revoltas em um travesseiro, pq mesmo as paredes tem ouvidos?

Tenho as palavras e as palavras são tudo o que eu tenho.
Mas são toxina liberada em mim, se não as cuspo, pedindo não vingança nem revolta, mas apenas um senso de correção e justiça e um pouco menos de egocentrismo.

Não me peçam explicações, não hoje.

Eu precisava desabafar e desabafei.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Do que achamos sobre nossa escrita


"Muitos sabios com effeito authorisão com o seu voto esta genuina conclusão,
e sem ambiguidade alguma põem o rico apar do Nobre.
Horacio, fazendo-se lugar entre os mesmos, he talvez dos primeiros em dizer,
que qualquer homem em sendo rico já he illustre, sábio, e valeroso.
[…] S. Jeronymo, defnindo a Nobreza do Mundo, assevera,
que ella não he mais que huma inveterada riqueza.
Aristoteles escreve igualmente,
que a Nobreza he huma antiga opulência, e virtude. "

Estudando para a faculdade, me deparei com esse trecho, que me fez voltar a um dos assuntos que martelei pra mim mesma no período em que o Novo Acordo Ortográfico fervilhou por aqui.

Isso e a constante implicância com o jargão internáutico, o afamado "futuro da língua de uma nação de abreviaturas incompreensíveis" me fizeram escrever, enfim.

Lembro-me da época em que comecei a me interessar por Machado, retirando todas as obras que podia do acervo da biblioteca da escola. (Tudo bem, não faz TANTO tempo assim).
Deparei-me com uma escrita que me fez pensar em erro de digitação, depois em erro de edição, para só depois perceber que, Epa, nessa época a galera escrevia assim!

Daí comecei a me perguntar com que risadas de incredulidade e muxoxo Machado e seu contemporâneos receberam a queda do acento circunflexo e dos dois eles em "êlle". Deviam pensar, irritados como alguns de nós há pouco tempo, que tal mudança absurda era desnecessária e causaria confusão com a pronúncia correta.

Bom, eu nunca tive tal dificuldade. XD

Mas não é simplesmente do apego ao passado que eu vim falar hoje.
O trecho de hoje me fez levar a discussão a um outro ângulo: o dos ansiosos tanto em acatar as mudanças do Acordo quanto em propor mudanças eles mesmos.
Isso aí, os adolescentes internáuticos.

Que sua linguagem é confusa já foi dito, e não me cabe aqui repetir frases feitas.
Até porque eu sempre me comuniquei muito bem com meus vcs e pq's, e inclusive com o meu xodó pouco conhecido, o ctg (contigo), que por vezes me custava algumas linhas de explicação.

Pensei, então, no certo tipo de orgulho que os adolescente demonstram (eu, inclusive) em ser fluentes nessa linguagem que alguns diriam preguiçosa, e que eu chamo de direta.

Detesto cortar o barato dos defensores do internetês, mas cortar vogais não é nosso privilégio, nem fomos os primeiros a utilizar desse método. Aliás, certas linguagens da antiguidade nem ao menos possuíam isso que chamamos de vogais na variação escrita.
Seus manuscritos continham apenas as consoantes das palavras, que eram completadas e preenchidas de vogais pelo leitor, o que acarretava constantes erros de interpretação, mas funcionava.

Evitar o uso do acento também não foi criação nossa. Como podemos ver no texto acima, o nosso eh (variação de é) não passa de mera inversão do "he" que já usavam bem antes de pensarmos em ser óvulos.

Nem mesmo as abreviações são privilégio nosso...
Vale relembrar o tão conhecido Vossa Mercê, nosso querido você, ou vc.

Enfim, pra terminar, queridos defensores das mudanças e da escrita que evolui com as nova gerações, saibam (saibamos) que somos meros perpetuadores de um movimento que vem acontecendo desde muito antes de nascermos.

Seriamos, então, tradicionalistas apegados ao costume de mudar a língua, ao invés de revolucionários quebradores das regras escritas...

domingo, 5 de junho de 2011




MISS IMPERFEITA
Texto de Martha Medeiros publicado na Revista do O Globo.

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que se lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir dessa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo.
Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel 5 estrelas e o batom da marca mais cara.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.


Mais um texto que me faz sorrir.


(lembrando que esse blog não tem a obrigação de trazer textos que expressem a minha pessoas de maneira completa, mas que expressem algo que valha a pena ler)