sexta-feira, 17 de junho de 2011

De um começo de ano...


Fazem apenas 6 meses que esse ano começou, e tanta coisa aconteceu...
A essa mesma altura do ano, no ano passado, minhas preocupações maiores eram as fotos da formatura e quais músicas cantar no retiro das crianças.
Eu nem me imaginava vivendo tudo que vivi de lá pra cá.
Hoje mesmo ainda me pergunto se aquela garotinha de tranças realmente fez tudo que me lembro de ter feito nesse começo de 2011.
É, acho que estou crescendo.

Pensei então em avaliar esse começo de ano enquanto ainda lembro o suficiente do que sinto, para ter um relato menos histórico e mais... bem, mais eu.

Quem diria que eu passaria Natal e Ano novo não só longe de casa, mas longe do meu país! E que me lançaria num programa de trabalho sem nem ao menos um conhecido, e sairia com tantos amigos e tantas experiências... 
Aprendi tanto com cada um deles, e ainda me faz falta o burburinho multilíngue que nos acompanhava enquanto meu amigo italiano explicava ao seu conterraneo uma expressão em inglês para que ele pudesse traduzir para o frances e fazer nostre amie entender o que um de nós brasileiros havia dito em português para o outro...
E apontar para uma árvore só pra ouvir o nome dela em 3 ou 4 idiomas distintos...
Percebi que somos todos iguais,e todos tão diferentes...
E que a língua é uma barreira tão facilmente transponível quando há curiosidade, caridade, paciencia e diversão!

E vivi na pele sonhos de criança que nunca ousei sonhar... E vi que a magia pode acontecer quando menos se espera, pq ela vive dentro de mim, e que os desejos se tornam realidade.

E guardo tantas histórias pra contar que às vezes conto algumas a mim mesma, tentando me assegurar de que existiram, e pra não encher o saco dos outros. Algumas experiencias só posso realmente compartilhar com algumas pessoas... e algo especial me liga aos ICPs que viveram esse tempo comigo.

Mas nem só de rosas foi o meu mar de inverno. Aprendi a fazer sozinha o que vale a pena pra mim e mais ninguém, e me divertir com minha própria companhia. E que a gente brigar com um amigo italiano ou americano é igualzinho a brigar com um amigo brasileiro, mas o americano vai ficar irado e desconfiado e o italiano sisudo e introspectivo . Mas ambos ficam ironicos. E que fazer as pazes com eles é que requer um pouco de conhecimento histórico-cultural... XD

Percebi o quanto minha bagunça deve irritar meus pais quando me vi falando igual a eles. E que comida não surge magicamente na geladeira, mas vem de um doloroso processo de gastar sola de sapato e rodas de carrinho de compras.

E que uma pessoa pode ser extremamente irritante em um momento e um doce em outro, e que vale mais a pena lembrar do segundo momento. Expecialmente se ele vem com um prato de comida quentinha no microondas te esperando às 2 da manha depois de um turno cansativo de trabalho.

E aprendi que acordar tarde tem consequencias e que não precisamos gostar de nossos chefes, mas se temos 4 é divertido gostar de pelo menos 2 deles... 

E pode ser que uma bronca traga um elogio maior do que vc poderia esperar receber se não tivesse recebido a bronca. 

Descobri em mim várias coisas, algumas antigas, alguma novas.
E uma delas é o ardente desejo de viajar e conhecer novas pessoas e viver tudo de novo e tudo diferente.

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Eua ia escrever esse post sobre coisas completamente diferentes, mas saiu isso aí, entç;ao acho que era isso que eu deveria dizer hoje.


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