Faz tanto tempo que eu não poeto
que as palavras Ferrugem rubras
me olham de lado
Barbas longas, braços cruzados, olhares sentidos
E vem de pirraça, arrastadas, pesadas
a dar-me a mão mole
má vontade explícita
A desempoar as roupas
e prostrarem-se insatisfeitas
na pintura-retrato-poema
que eu largo da ponta do lápis
no alvo do papel.
Voltei.
Monnique São Paio
2011
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