terça-feira, 2 de outubro de 2012

Do que fazer da minha vida

Daí que o John postou esse vídeo hoje:


E eu, mais uma vez, me pus a pensar sobre o que fazer com a minha vida.

Esse vem sendo um questionamento recorrente, especialmente por esses dias. Pode ser por meu aniversário estar chegando, ou por estar perto de terminar a faculdade, ou as duas coisas juntas, mas eu sinto como se um abismo estivesse se aproximando.

Não um abismo no sentido vou cair num buraco sem fim, mas um abismo no sentido Não faço ideia do que tem ali na frente.

Porque durante a nossa vida inteira nos apontam esse caminho que devemos seguir. Jardim de infância, colégio, vestibular, faculdade.... E quando estamos no comecinho desssa linha o fim parece tão distante que nós não reparamos que ele é uma grande interrogação. mas quando nos aproximamos dessa interrogação, ela vai ficando maior e mais assustadora.

É quase como se eu estivesse encarando a caverna negra de Fantasia, sabendo que o Nada está ali, á minha espreita. Mas, assim como em Fantasia, eu tenho um grão nas mãos. Um único desejo. E mais aterrorizante ainda é decidir o que desejar. Eu nunca entendo como o Bastian conseguiu desejar algo com aquela pressão, mas enfim, ele tinha um cão voador à disposição.

O que eu estou tentando dizer é que tenho vontade de fazer tantas coisas e viver tantas experiencias que sinto que trabalhar num lugar fixo tolheria minhas asas. Ainda assim, terminar a faculdade sem um trabalho é extremamente decepcionante.

Tem tanta coisa que eu quero fazer... ainda quero voar o mundo, conhecer outras culturas, respirar arte e ler tantos livros, e ver tantas coisas...

Ainda assim, uma frase do vídeo que me balançou foi "Não importa o que você faz, mas com quem você faz". Não sei se posso concordar completamente. Claro que certas coisas sem potencial podem ser extremamente divertidas/ gratificantes dependendo da companhia, mas certas coisas nós temos que fazer sozinhos. Fazer por nós mesmos, independente dos outros. Eu só queria que às vezes esse caminho me trouxesse mais gente com quem dividir as conquistas que me completam.

domingo, 22 de julho de 2012

De quando o fim é um novo começo



Pois é pessoal, o Especial Culpa Do John Green termina hoje.

A Semana foi maravilhosa, cheia de conteúdo, de expectativa, de notícias, de interação (especialmente por parte do lindo do John) e nerdice. Mas a melhor parte pra mim foi poder participar de um projeto junto com gente tão incrível quanto a comunidade que forma a Nerdfighteria Brasil.

O Coisas de se Ler agradece do fundo do coração à Intrínseca pela oportunidade e pelo apoio e aos nerdfighters brasileiros ( em especial a Liz Mendes, que criou e atualizou a fanpage do livro durante a semana toda) por NUNCA ESQUECEREM DE SER AWESOME!

Mas, com o fim da semana, vem o começo da aventura que vai ser ler A Culpa é das Estrelas, discutir e conhecer melhor os novos nerdfighters que estão chegando por aí.

Por falar no fim da semana....Alguém que vai ter muitos motivos pra fangirlar e fazer a sua Happy dance com o fim dessa semana é a Raquel Gouvêa, a vencedora do sorteio, que ganhou um kit de A Culpa é das Estrelas. XD Obrigada por participar da promoção, Raquel, e Parabéns!







A Todos vocês que nos acompanharam, curtiram, comentaram e descobriram mais sobre o livro e sobre seu autor, muito obrigada pela companhia, e DFTBA!







sexta-feira, 20 de julho de 2012

De uma Promoção imperdível!

OBA!! Promoção!

Se você ainda não comprou seu A Culpa é das Estrelas (com 20% de desconto na Saraiva), tem como levar o livro pra casa sem pagar nada! E ainda receber surpresinhas promocionais.

O Coisas de se Ler vai sortear um Kit pelo facebook. Basta ir lá na fanpage do livro e fazer o que manda o banner abaixo (Cortesia da linda da Larissa) 



XD Vamos sortear um kit de A Culpa é das estrelas no facebook, então não perca tempo!! Divulgaremos o resultado no Domingo, então ainda dá tempo de garantir sua chance de concorrer!! CORRE LÁ!!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

De uma Coisa de se Ler - A Culpa é das Estrelas



Minha vez!

Eu venho procrastinando por um tempo, mas já vi que não posso mais adiar. Não sou muito fã de resenhas, especialmente quando elas superexaltam ou criticam demais um livro que eu ainda não li... No entanto, The Fault in our stars (A Culpa é das estrelas) me tocou demais para não dizer nada, especialmente nessa semana Especial John Green.



Antes, uma breve introdução: Eu soube de TFIOS bem na época que conheci os Vlogbrothers, então dei logo de cara com o vídeos do John autografando loucamente - e literalmente-  150.000 cópias do livro. (Ainda não sabe dessa parte? leia a explicação do The Review Kingdom ) Então, fiquei doida pra ter uma cópia autografada.


Acabei deixando pra cima da hora, e no último dia, minha prima linda acabou encomendando uma pra mim via uma amiga dela que estava nos EUA, o que acabou me deixando livre do frete! XD Td bem que foi no ultimo dia, entao fiquei na super ansiedade de ver se viria autografado mesmo, e tive que esperar essa amiga voltar pro Brasil, mas no fim, recebei meu The Fault is our Stars lindo e autografado em hidrocor azul!




(Minha prima: Achei que vc ia se decepcionar, o autógrafo é só um rabisco.
Eu: Não. É um Jota e um rabisco! =)) E Eu ADOREI!)


Enfim, vamos à resenha:

A Culpa é das Estrelas é um livro narrado em primeira pessoa por uma menina de 16 anos.Seu nome é Hazel Grace Lancaster. Ela tem o cabelo curto, o humor ácido, adora ler e ver televisão. Seu livro de cabeceira é Uma Aflição Imperial, e seu seriado de TV favorito é America's Next Top Model. Ela já terminou o Ensino Médio, um pouco cedo para as meninas da sua idade. Ahh, ela também tem câncer.

É exatamente assim que eu vejo o livro. A doença é uma parte de Hazel, uma parte como todas as outras, que pode ter influenciado a sua maneira de ver o mundo, mas quem de nós não é influenciado pelas situações que viveu?

A Culpa é das estrelas não é um livro sobre cancer. É um livro sobre a vida em suas mais diversas formas. É um livro sobre perda e sobre esperança, sobre amor e sobre amizade, sobre como viver mais intensamente não quer dizer viver mais.

É importante dizer que Hazel (ou Augustus, ou Isaac ou Caroline) não são mais inteligentes nem mais sábios ou mais heróicos que qualquer adolescente. Suas dúvidas, medos, sonhos, são comuns a muitos de nós. E este é um dos pontos que me fez apaixonar pelo livro. Não é difícil se relacionar com os pensamentos e sentimentos dos personagens.

A Culpa é das Estrelas me ensinou a valorizar cada passo, cada olhar,cada inflar dos meus pulmões saudáveis, cada infinito limitado que eu posso compartilhar com alguém que amo.

Com ele, aprendi a rir de mim mesma, e a colocar coisas em perspectiva. Aprendi que poesia pode ser feita a cada instante, aprendi que posso pesar meus atos pelas suas implicações metafóricas,aprendi que às vezes é melhor não deixar marca nenhuma no mundo a deixar uma cicatriz.

Aprendi que embora eu saiba que um dia o sol explodirá e engolirá a nós todos, e não vai sobrar nenhuma prova de que um ser humano jamais existiu no universo,eu ainda tenho o direito de ter medo de ser esquecida.

***


Livro: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Valor: 29,90, com 20% de desconto na Saraiva

Siga #CulpaDoJohnGreen e os outros blogs da semana para saber mais:





segunda-feira, 16 de julho de 2012

De uma semana que chegou - E a Culpa é do John Green



Olá!

Se você vive nesse mundo literário internáutico, já deve ter percebido uma movimentação acontecendo em torno do novo livro do John Green, A Culpa é das Estrelas. Se você ainda não notou, aí vai:

A Nerdfighteria Brasileira, esse grupo de pessoas que, dentre muitas coisas, curte demais o John Green através de seus livros e Vlogs (que ele mantém junto com o irmão Hank); faz um bom tempo que deseja compartilhar mais desse autor maravilhoso com os amigos do Brasil. Até agora, no entanto, apenas um de seus livros havia sido traduzido para o português: Quem é você, Alasca. 

Por isso, quando a Intrínseca anunciou que ia lançar o mais novo livro do autor (Saido quentinho do forno, uma vez que o original em inglês -The Fault in Our Stars- foi lançado no comecinho do ano), nós surtamos. Então a Iris, do Literalmente Falando teve a ideia de montarmos um especial, conjunto entre a Nerdifghteria Brasileira e a editora. Por sugestão do Kirk (detentor do The John Green Memorial Cookie Plate), o nome do especial ficou A Culpa é do John Green. Cá entre nós, torna a hashtag #CulpaDoJohnGreen muito mais divertida de usar! 

Então, a semana vai ser recheada de supresas, posts, videos e PROMOÇÕES! 

A Intrínseca mergulhou de cabeça na campanha, e ofereceu 3 kits do Livro (contendo o livro, material promocional e uma caixinha ou bolsa da editora) para cada um dos 4 blogs principais que estão sendo hosts. Os outros 5 blogs de apoio ganharam um kit cada um, para sortear como quiser. E um desses kits é do Coisas de se Ler!!

Atenção, se liga aí que é hora da Promoção!

  • O último vídeo postado essa semana será uma compilação de imagens do livro em livrarias por todo o Brasil. para isso, precisamos de vocês. Se encontrar o livro em alguma livraria, envie uma foto ou vídeo de você com ele para culpadojohngreen@literalmentefalando.com.br com o assunto ACEDE- John Green. A promoção só vale para imagens enviadas por e-mail. Todos que enviarem imagens ou vídeos estarão concorrendo a um Kit do livro. A mais criativa também ganha um kit, então mãos `Pa obra!
  • Essa é incrível. De verdade. A Ana Débora, uma Nerdfighter, ofereceu um exemplar em inglês, de capa dura, AUTOGRAFADO PELO JOHN para ser sorteado. Não, ela não tem outro. Ela só quer fazer outra pessoa feliz. XD Para ganhar esse exemplar, você deve mostrar seu amor por John  ou pelo livro. Pode ser com vídeo, com fanart, com música,texto...Usem a criatividade. o mais criativo e emocionante leva o livro. Todo o material deve ser enviado para culpadojohngreen@literalmente falando.com.br com o assunto GREEN.
  • Por fim, eu também vou sortear um kit por aqui. Para concorrer ao kit do Coisas de se ler basta:



Esse é o símbolo dos Nerdfighters, ou, como o John define, o gang sign,  sinal que os nerds utilizam pra se reconhecer. Se vc vir alguém fazendo ele por aí, pode ter certeza que pertence a esse mundo awesome que é a Nerdfighteria!


1)Postar uma foto no seu mural, reproduzindo o símbolo dos nerdfighters, com o título A Culpa é do John Green. Pode ser desenho, construção com Lego, uma foto sua, o que você quiser. Desde que seja de Sua autoria.

2) Postar a foto na fanpage do livro A Culpa é das Estrelas no link https://www.facebook.com/ACulpaEDasEstrelas?ref=ts

3) Curtir a fanpage de A Culpa é das Estrelas

Pronto, simples assim, você estará concorrendo ao livro, além de divulgar o livro pros seus amigos. Vale a pena. Lembrando que os outros blogs também estão fazendo promoções, então confira, e participe de mais de uma, para aumentar as suas chances de ganhar esse kit que é fofo de um livro que é AWESOME!

Para acompanhar o Especial A Culpa é das Estrelas, fora seguir a hashtag #CulpaDoJohnGreen, basta acompanhar as publicações diárias nos blogs hosts:


E nos blogs apoiadores:


E se não quiser esperar ser sorteado pra ler o livro, compre com 20 por cento de desconto na Saraiva!

DFTBA!





De uma Nova Identidade - sobre a Nerdfighteria Brasileira


Quem nunca ouviu falar que a Internet encurta distâncias?

Eu pelo menos considero essa frase clichê. E, de fato, pouco realista. É claro que hoje em dia é muito mais fácil manter contato com alguém que mora do outro lado do mundo, e conhecer sua cultura, do que era alguns anos atrás. Mas para isso é preciso um pouco mais que um computador e acesso à rede.

É preciso pelo menos conhecer a língua do outro (ou ter algum idioma secundário em comum ), dar um jeito de contornar as diferenças de fuso horário, ter alguma garantia de que a pessoa com quem você fala não é um sequestrador-assassino-pscicopata e ter assunto para conversar...

Eu consegui algumas dessas coisas com a Nerdfighteria (não sabe do que eu estou falando? clique aqui), que funciona para mim como um ambiente relativamente seguro e  em que assunto é coisa fácil de encontrar. Afinal, coloque alguns nerds juntos e solte 3 ou 4 palavras aleatórias e um vídeo e eles saberão o que fazer. Como eu consigo me comunicar bem em inglês, combo completo, comecei a me sentir uma Nerdfighter em ação. Só que não foi bem assim.

É claro que participar de uma comunidade virtual é maravilhoso, e tudo mais, mas - podem me chamar de piegas - a proximidade, a sensação de pertença de ter um comparativo no mundo real (IRL) é bem importante também. Especialmente quando se vê o movimento grupal que a Nerdfighteria consegue criar em países com grande número de membros, como Inglaterra, EUA, Holanda.

Assim, lá estava eu, no auge da empolgação e vontade de participar... Resolvi fazer um perfil no Quartel General dos Nerdfighters no Ning. Perfil feito, entrei inocentemente na sala de bate-papo, encantada com o mundo de opções de interatividade que encontrei por ali. Foi quando mencionei casualmente minha nacionalidade, e fui informada pelo Caio ( que também estava na sala de bate-papo e que mais tarde eu descobri ser o Stalker oficial da comunidade brasileira) da existencia de um grupo brasileiro no facebook. Foi assim que eu conheci o Nerdfighters Brasil.

Bom, essa comunidade de Nerds brasileiros, com suas próprias piadas internas, sua maneira de interagir e sua grande criatividade para projetos de grandes proporções conquistou meu coração. =) Nela eu encontrei oportunidades de realmente colocar a mão na massa, participar de verdade, e me sentir uma verdadeira Nerdfighter. E bem brasileira.

Um dos projetos mais recentes foi o nosso Festival Nacional de Gatherings, um fim de semana em que os grupos de vários estados se reuniram para celebrar uns aos outros, o amor pela leitura, pelo conhecimento, e a vontade de tornar o mundo um lugar melhor. (E colocar coisas na cabeça no meio de um Iguatemi, assustar um Outback inteiro,jogar Catan num Centro Cultural, rolar no chão de uma livraria Cultura ...)


Mas o melhor de tudo foi descobrir essa nova identidade, e ter a Nerdfighteria como parte de quem eu sou. E o legal é que outras pessoas também perceberam o potencial que nós temos. Uma delas é representante da Intrínseca, a editora que comprou os direitos de publicação dos livros do John Green... Alguém consegue ver onde isso vai dar?


Para saber mais sobre o livro, o John, a Nerdfighteria, conhecer as Promoções e concorrer a Kits de A Culpa é das Estrelas, basta ficar ligado nas novidades na hashtag #CulpaDoJohnGreen no twitter e nos Blogs Nerdfightásticos:


Literalmente Falando
Nem um pouco épico
Amount of words
Conversa Cult

The Review Kingdom
San Diegirls
Motim.org
Agora Moro na Lua

E, claro, aqui no Coisas de se ler!

^ Best Wishes ^


quinta-feira, 12 de julho de 2012

De uma Descoberta


Um tempinho atrás eu fiz um post sobre um projeto que ganhou meu coração, o P4A - Project 4 Awesome, e acabei falando rapidamente sobre os fundadores do projeto - de várias outras coisas fantásticas - os Vlogbrothers.

Muitas coisas aconteceram desde aquele 17 de dezembro e eu acabei envolvida em projetos que eu nem sonhava existir. Um desses projetos me levou a escrever esse post. na verdade, ele é o primeiro de uma pequena trajetória até a segunda-feira, quando uma novidade vai explodir por aí.


Por volta de dezembro do ano passado a internet me levou aos vídeos dos Vlogbrothers.



Hank Green, músico e organizador do site EcoGeek propôs na virada do ano 2006/ 2007 ao seu irmão mais velho John Green que eles se comunicassem unicamente de maneira não-escrita durante o ano todo. O projeto consistia em cada um deles postar um vídeo de no máximo 4 minutos no mesmo canal do youtube, alternadamente, em cada um dos dias da semana. Quem falhasse em postar o vídeo, ultrapassasse 4 minutos ou se comunicasse por escrito com o outro seria punido. O projeto ganhou o nome de Brotherhood 2.0

Inicialmente visto por amigos e familiares, a maneira de pensar dos dois e o teor pessoal-comico-relevante dos vídeos acabou atraindo uma galera que começou a acompanhar os conversas, comentar suas opiniões, sugerir punições e fazer até mesmo video-respostas (esses últimos ficaram conhecidos como Secret Siblings - ou irmãos secretos).  O ano de2007 passou mas os irmãos decidiram manter o projeto, que seria, como definido pelo John: "Uma ótima maneira de conhecer seu irmão como uma pessoa adulta". Vivendo em cidades em lugares opostos dos Estados Unidos, essa conexão via vídeo tornou os Green irmãos mais próximos.


Ao longo dos anos, várias piadas internas foram surgindo, assim como uma comunidade de pessoas interagindo com os assuntos abordados pelos Blogbrothers. Assim, quando o John, passeando por um shopping com jogos de videogame viu o jogo Aerofighters e confundiu as letras lendo Nerdfighters, não demorou muito para este ser acolhido como o nome das pessoas que vivem nessa comunidade feita de Awesome: a Nerdfighteria.

Vários projetos acabaram se desenvolvendo em toda a Nerdfighteria, expandindo seus horizontes para fora dos EUA, como o já mencionado P4A, as Tours de Nerdfightings, uma gravadora (A DFTBA Records), a primeira e maior Video Conferência do Youtube, a VidCon, e até mesmo um Banco destinado a oferecer doações a entidades necessitadas.




Essa vivência em comunidade permitiu que várias pessoas se conhecessem, e foi essa proximidade que um dia fez a menina Esther Earl, de 16 anos, ir até um dos eventos promovidos para conhecer John Green, um de seus ídolos. (Guardem o nome dela, vai ser importante nos próximos posts)

Eu acabei descobrindo tudo isso uim pouco tarde, em 2011, o que não me impediu de devorar os 900 e poucos vídeos em cerca de 3 meses. Assim, munida de muitas piadas internas, passei a considerar a mim mesma uma Nerdfighter, alguém que não é feito de carne, osso e sangue, mas de puro Awesome*!
Nerdfighteria me fez perceber que existe gente como eu por aí, e que essas pessoas não só querem mudar o mundo, como podem e o fazem, a cada dia. E que elas são super divertidas e fantásticas e AWESOME. E eu conheci tanta gente, e descobri tanta coisa e....... bem, essas são cenas dos próximos capítulos.





* Awesome - algo incrível, surpreendente, impressionante, fantástico 
**DFTBA- Expressão típica da Nerdfighteria, usada como sinal entre os Nerdfighters. Significa Don't forget to be Awesome, o que seria equivalente a Não esqueça de ser Incrível. (tradução minha. Há controvérsias. XD)

Nos próximos capítulos:
De uma Nova Identidade - sobre a Nerdfighteria Brasileira
De uma Coisa de se Ler
De uma semana que chegou

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Impossible to share

I found something
I found something beautiful and pure
I found a single butterfly on the blue sky
I found something I can`t hide to myself

I found a love letter inside a bottle from 100 years ago
I found a crack by the window glass
I found a hole in the wall
I found that colorfull beachball we thought was long lost
I found the sound of my grandma`s voice

I found something
A little toy inside a chest, so old and full of dust
But a powerful blow and it still glows!
A dart craved - bullseye - at a picture frame
Somethings so precious, others so lame

I found something I didn`t know I lost
I found hope and life and sin and torture
I found a garden waiting for spring
I found a feather lost from someone`s wing

I found something
I found it and I`m afraid I`ll lose it
But It`s something you cannot contain
It`s impossible to hide, chain, restrain, bottle up, lock

I found this something that I wanna share
But what can I do, if all my hopes I dare to say, are in vain
Cause I found something you don`t understand
And though I can try my best
To put it through my chest and translate and transform to make you see
I can`t do it, I don`t have in me that talent, that Art
I wouldn`t even know how to start...

I found something
I found a passion in a heartbeat
I found pain at a footprint
I found all these, and with all my soul
I want to share with you, but I can`t change the fact that
This something that I found
- a bunch or letters, an amount of words -
I can never make you understand
Cause I found the most amazing english poetry
- and, you see, as you speak portuguese -
Well, It makes no sense to you, my mumbling about this
But at least for one thing you`ll be spared of all my impractical dreams
For you`ll never know - or so it seams
That I found something.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

De quando a gente Percebe detalhes

Meu pai tem essa mania que sempre me irritou, de colocar na mesa de café da manhã tudo que nós temos na geladeira. Todas as opções de suco, leite, nescau, farinha lactea, todos os tipos de pão, manteiga, margarina, presunto, queijos, peito de peru, e todas as frutas da fruteira. O problema era ter que colocar tudo de volta no lugar (a maior parte intocada) na pressa de sair de casa de manhãe cedo.

Assim, de tanto reclamarmos e dizermos que cada um pegaria somente o neessário ao seu café-da-manhã, ele parou de colocar tudo na mesa. Por uma semana. Até hoje. Hoje eu levei meu pão, requeijão e presunto, meu suco e meu copo. Ele apareceu, forrou a mesa e trouxe tudo de novo, e quando eu ia reclamar, ele falou sobre como qualquer criança na rua adoraria ter uma mesa posta com várias opções de comida e que ele não se incomoda de tirar e guardar tudo de novo, todos os dias, pra dar pra gente todas as opções disponíveis.

Foi aí que eu entendi. Eu percebi o menino, filho de oficial da marinha reformado na ditadura, provavelmente com o café-da-manhã racionado entre os pais e 4 irmãos, pensando em como quando ele tivesse a própria casa e família, ele colocaria várias opções de café-da-manhã todos os dias na mesa pra seus filhos.

Mesmo que ele nunca dito nada disso pra gente, que ele não comente sobre o passado, eu entendi.
Pode colocar tudo que você quiser na mesa, papai. Eu ajudo a tirar. Só espero que você um dia me deixe entender porque você guarda pra si mesmo seus motivos, sua infancia, sua história.

Um dia, espero que você entenda que sua história não é motivo de vergonha, mas de orgulho, que eu me sinto orgulhosa de ter um pai como você, que viveu tudo que viveu, que é meu modelo de pai, de homem, de ser humano.
Eu tenho orgulho de você. Do seu compromisso, da sua dedicação, da sua pontualidade, da sua prontidão, da sua proatividade, da sua etica, da sua honestidade, da sua paixão pela verdade, da sua percepção aguçada do outro, da sua sensibilidade, da sua humildade, do seu bom humor, da sua disposição, da sua presença.

Dizem que toda menina quer casar com o pai quando criança. Eu já sou crescida, mas tudo que desejo encontrar no homem com quem um dia vou me casar eu vejo em você. Mas admita, papai, se eu depender de encontrar alguém exatamente como você, vou ficar pra titia... Não que você seja perfeito - ninguém é- mas porque você elevou meu conceito de Homem, de Marido, de Pai, e aquele que quiser chegar aos seus pés vai ter que se esforçar muito...


Eu só espero, com toda a minha irritabilidade, mau humor e falta de compreensão, ser capaz de entender um pouquinho melhor quem você é, papai. Porque cada pouquinho que eu aprendo sobre você me faz ter mais orgulho do pai que eu tenho. Só não posso dizer que isso me faz te amar mais, porque não sei se isso é possível.

Te amo.
(E não é nem dia dos pais!)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Tudo que eu queria te dizer

Assisti no teatro Celina Queiroz, na UNIFOR, e adorei! Aqui vai a reportagem sobre a peça.


Em turnê popular pelo Brasil através do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2011/2012 e também com o apoio do Ministério da Cultura – Governo Federal, o prestigiado espetáculo TUDO QUE EU QUERIA TE DIZER de Martha Medeiros, com Ana Beatriz Nogueira, direção de Victor Garcia Peralta se apresenta em Fortaleza, nos dias 21 e 22 de abril, no Teatro Celina Queiroz (Unifor).
A partir do romance epistolar “Tudo que eu queria te dizer” da renomada autora gaúcha Martha MedeirosAna Beatriz Nogueira Victor Garcia Peralta criaram a quatro mãos essa comédia romântica, que desde a estréia em junho 2010 vem demonstrando sua enorme comunicação com o público.
Trata-se de um monólogo que apresenta a correspondência íntima de cinco personagens às voltas com situações de suas vidas. Decisões que precisam ser tomadas, desabafos, medos, anseios, transformações. Uma mulher anuncia ao marido que vai deixá-lo por um homem que visualizou num sonho; uma senhora faz um comovente desabafo sobre os desprazeres da idade avançada para o seu amado, que já morreu; uma terapeuta de casais desnuda o amor que sente pela paciente; e uma amiga pede socorro à outra, com medo de que a visão de uma cartomante sobre a sua morte venha a se concretizar. Esses são alguns dos relatos das cartas selecionadas por Ana Beatriz e Victor Garcia para compor o espetáculo TUDO QUE EU QUERIA TE DIZER, que emociona e diverte o público espectador.
A trajetória de sucesso de TUDO QUE EU QUERIA TE DIZER começou em junho de 2010 na turnê por sete cidades gaúchas (Porto Alegre, Taquara, Farroupilha, Passo Fundo, Santo Ângelo, Santa Rosa e Uruguaiana). Foram oito apresentações lotadas onde o público aplaudiu de pé o monólogo com Ana Beatriz Nogueira. Em seguida a peça foi apresentada em algumas cidades do interior do estado do Rio de Janeiro (Macaé, Campos, Itaperuna, Duque de Caxias e Barra Mansa) com o mesmo sucesso. Em setembro de 2010 estreou no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro onde cumpriu temporada de quatro semanas, sempre com as sessões lotadas. Em novembro do mesmo ano a peça seguiu para o Teatro Clara Nunes também no Rio de Janeiro, repetindo o mesmo sucesso.
Agora em turnê popular por seis capitais – São Luis, Fortaleza, Manaus, Brasilia, Salvador e Goiânia - TUDO QUE EU QUERIA TE DIZER oferece ao grande público brasileiro o desempenho de uma das mais expressivas atrizes brasileiras de sua geração – Ana Beatriz Nogueira – em um requintado espetáculo dirigido pelo prestigiado diretor argentino Victor Garcia Peralta, com texto da autora gaucha de grande sucesso editorial Martha Medeiros. Uma programação teatral imperdível.
O espetáculo recebeu excelentes comentários da crítica especializada:
“Ana Beatriz Nogueira, a intérprete única, faz um belo trabalho, sem exageros, mas com riqueza emocional e leitura sensível e clara.” (Bárbara Heliodora – Jornal O Globo);
“Ana Beatriz Nogueira pertence ao seleto rol de atrizes capazes, graças aos seus imensos recursos expressivos, de extrair tudo que um personagem (aqui vários) pode oferecer. E se a isto somarmos seu carisma, forte presença e inteligência cênica, o resultado não poderia ser outro: uma montagem absolutamente imperdível, à qual nenhum espectador pode se dar ao luxo de não assistir.” (Leonel Fischer – Blog);
“Após 25 anos de carreira, Ana Beatriz Nogueira tomou coragem para encarar seu primeiro monólogo. O desempenho da atriz nesta comédia baseada em contos tirados do livro homônimo da cronista Martha Medeiros leva a platéia a lamentar que a decisão não tenha sido tomada antes. No palco do Centro Cultural Correios, apoiada apenas por uma cadeira, duas garrafas de água e uma caixa de lenços de papel, ela esbanja versatilidade ao dizer os textos em formato de cartas, como se lesse em voz alta o que está escrevendo à um destinatário.” (Revista Veja RIO).

quarta-feira, 14 de março de 2012

De escrever

Tenho saudades de escrever como antes, e vontade de expressar aquilo tudo que deixo sempre rpa registrar depois... mas é que a verdade..
A verdade é que eu tenho medo das palavras.

Não, não é bem medo... é respeito.
Eu sei o que elas representam no mundo,
e sei o que elas representam no meu mundo.

Palavras são gotinhas de chuva no deserto,
são brasa que queima, e deixa marcas...
Marcas permanentes, mesmo que não eternas,
que coisa quase nenhuma é eterna...

Palavras escritas vivem mais que nós,
fogem de nós,
bebem de nossa essencia e correm pra longe,
vão ser de outros donos...

Sentimentos e pensamentos mudam, mas as palavras, uma vez escritas
são atribuídas a nós... hoje.
Que injustiça é acusar alguém de ter escrito o que ele escreveu!

Como eu quero deixar expresso o que eu penso,
para que eu possa rir de mim mesma,
ou admirar que eu era,
ou confirmar uma parte de mim que se mostrava tão antes...

E como eu quero que sejam só minhas essas palavras que nunca foram minhas e nunca serão.


sexta-feira, 9 de março de 2012

De conversas com uma personagem Wedekindiana


O céu está cinzento hoje, e o dia propício para rostos sisudos e faces emburradas, mas o som da chuva me faz lembrar a sua risada, e eu sorrio. Nunca entendi direito essa sua fascinação pela água, mas posso apreciar seu deleite em caminhar pela chuva.
O som gostoso das gotas estalando no chão, em pequenas explosões de prata ao nosso redor, as quase alfinetadas na pele, e o carinho da água que escorre lentamente, encharcando a roupa e causando arrepios na pele, devo concordar, são mágicos.
Olho a chuva cair e o vento rodopiando as gotas me faz quase ver seu vulto rodando, rodando, com os braços abertos e o vestido molhado que parece querer te fazer subir, subir... só pra cair com as gotas de novo. Os olhos ora fechados ora abertos, na dúvida entre o contemplar e o sentir, a cabeça jogada pra trás e os cachos que vão se desmanchando e escorrendo como a água ao seu redor, a boca aberta que parece querer beber o céu inteiro que desaba em você.
Essa sua sede... Você sempre quis sorver o mundo inteiro com esses olhos escuros e vorazes. O olhar quase sempre certo de si, exceto quando em dúvida. E a curiosidade criativa tão sua, inventando maneiras de entender mesmo quando ninguém ousaria explicar.
Mas o melhor som da chuva é a sua risada aguda, quase um grito infantil, de puro prazer de estar ali, uma ninfa das águas.
Não posso evitar te imaginar sempre ali, dançando sob a chuva, seus sonhos intactos, sua doçura eternamente crisálida, tecendo cuidadosamente asas sem fim, que nunca se abrirão.
Você dança na chuva e embala seus sonhos, e espera um mundo melhor, e espera algo mais, a volta do amor que deixou o gosto acre e doce na boca, a chegada de um anjo pequenino que ainda vem. E eu sabendo que suas esperanças são folhas facilmente sopradas pelo vento no fim do outono, já secas e sem vida, mas ainda presas por um fio de teimosia ao galho que as sustenta.
A chuva passa, tendo lavado as almas e saciado o solo, e cessa.Por mais que desejemos, ela não pode se prolongar mais que o necessário. Acho que você é como a chuva de verão... Um sopro de frescor no desconforto, uma onda de prazer que faz dançar e correr e sorrir, mas que tem a simples missão de tocar , e com seu toque permitir que tudo floresça, menos você mesma. Assim, missão cumprida, cessa de repente, interrompida, pra voltar pro lugar de onde veio e deixar atrás de si um vazio, ainda que povoado pelas marcas de sua passagem.