sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia Nacional da Mulher

Uma pequena homenagem de alguém que nem sabia da data até 5 minutos atrás...

30 de Abril

Lei Nº 6.791 - 09/06/1980

Foi no dia 30 de abril que nasceu a fundadora do Conselho Nacional da Mulheres, Sra. Jerônima Mesquita. Como homenagem àquela extraordinária mulher, grande filantropa, foi escolhido o dia de seu nascimento para se comemorar o Dia Nacional da Mulher.

Derrubaram-se tabus, obstáculos foram vencidos, a ocupação dos espaços foi iniciada. Graças à coragem de muitas, as mulheres conquistaram o direito ao voto, a chefia dos lares, colocação profissional, independência financeira e liberdade sexual. Apesar de válidas, essas aberturas ainda são uma gota num oceano de injustiças e preconceitos.

No último século, o movimento feminista contribuiu imensamente para a efetivação das conquistas das mulheres. Embora muito tenha sido feito, as respostas às questões femininas são pouco eficazes, já que os homens ainda detêm a hegemonia em diversos setores sociais. As politicas públicas ainda devem muitos feitos à população feminina.

Dia Nacional da Mulher

veja mais em:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/abril/dia-nacional-da-mulher.php

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Feriado na quarta-feira, ótima oportunidade pra.... Arrumar armário!
Pois é, tudo culpa da tendência do universo à entropia e ao caos.

Por falar em caos, essa semana está sendo realizado o Festival de Arte e Criatividade da escola da minha irmã, que eu também frequentei. É uma espécie de misto de feira de ciências com concurso de poesia, show de talentos e campeonato de dança e esporte. Resumindo, pegaram todas as atividades ditas divertidas e extra-curriculares da escola, resolveram dar nota a todas elas, colocar as turmas pra competir e condensar tudo na mesma semana, pra não gastar os outros dias do ano.

Não me entendam mal, assistir ao todo do festival é até interessante, pra um outsider , mas eu já estive lá dentro,e atualmente, observo a pequena trabalhando.

* Só pra esclarecer, pequena é minha irmã caçula adolescente que tem quase o mesmo tamanho que eu.

Continuando, o nível de stress dessas crianças e adolescente chega às alturas nos dois meses que antecedem o dito festival, e chega ao cúmulo na semana das apresentações. É curioso constatar que as atividades, escolhidas por eles (ou pelo consenso da turma, que decide baseada muitas vezes nas habilidades de cada um, não no desejo, sempre visando a vitória) deixam de ser motivo de prazer e passam a ser motivo de discórdia, raiva, nervosismo, apreensão, irritação.
Ao fim da semana, eles estão tão exaustos de fazer de tudo pra ganhar, brigar com quem esquece alguma coisa, ensaiar exaustivamente e jogar todas as modalidades de esporte, que o mínimo que a escola deveria oferecer é um passeio de relaxamento. Prêmio que, aliás, ela oferece.

Mas apenas aos vencedores.

E não seriam vencedores todos aqueles que, nessa idade, se organizaram financeiramente ( sim, eles conseguem patrocínio, além de levantar entre si uma cota que cobre despesas e administrá-la.) , artisticamente (entre figurino, cenário, roteiro, iluminação e ensaios para o teatro, e figurino ensaios e contratação de uma coreógrafa para a dança, tudo isso coordenado pelos próprios alunos), cientificamente (são elaborados experimentos científicos de química, física e matemática, além de vídeos sobre biologia ou geografia, de acordo com os temas das turmas) e culturalmente (os alunos ensaiam um número musical, e concorrem em um desafio que exige raciocínio apurado e cultura geral) ???
Mas não é isso que a escola prega.
Ela prega que todas essas atividades podem ser drenadas de diversão e emoção e transformadas em maneiras de medir superioridade entre alunos.

Que tipo de pessoas estamos formando, se as atividades que as tornariam mais humanas e capazes de trabalhar em equipe, vendo o lado do outro, se transformaram em joguetes de competição e superioridade?

O Festival termina na sexta e, após as partidas finais de sábado, os alunos ficarão de prontidão pra esperar os resultados, que sairão na próxima semana. Então, será anunciada a turma vencedora de cada categoria.
E os perdedores seremos todos nós.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu e Fred, o esqueleto





Passeando pela Bienal do Livro, dei de cara com um esqueleto de plástico de cerca de um metro de altura, segurando o panfleto acima.

Os olhos arregalados e a boca num sorriso sarcástico, o esqueleto olhou pra mim e eu gamei.

Descobri mais tarde ser o Fred, o "garoto-propaganda" do livro Criaturas de Rochett Tavares, autor carioca que reside em Fortaleza.

O livro é uma coletânea de contos de horror fantástico e é uma produção independente do autor, que se reveza com sua mãe na divulgação do primeiro livro impresso, num stand específico pra produções independentes, num espaço da Bienal.
A mãe do autor, aliás, é uma figura à parte, e me deixou tirar várias fotos com meu novo paquerinha. Fred, aliás, é muito fotogênico, e dizem que suas fotos já estão bombando no Twitter.

Mas, esqueleto e livro à parte, o que me chamou a atenção foi o autor.

Um professor pediu pra fazermos um trabalho, perguntinhas básicas pra 3 pessoas trabalhando na bienal. uma dela acabou sendo o Rochett. Em meio à questões técnicas, o cara acabou demonstrando um conhecimento geral que me surpreendeu.
Discutimos de Maquiavel a Gaimann e Harry Potter (ou harry chato, segundo ele), mas o que realmente impressionou foi a relação dele com os leitores.

A satisfação dele ali era ver a reação do leitor, observar as expressões durante a leitura, fazer perguntas sobre o que imaginamos e como nos sentimos ao ler...
A compra é só uma consequência, ele disse.

Espero que essa relação continue mesmo depois q ele se incorporar a alguma editora por aí...
Queria ver mais autores em contato com seus leitores tão intimamente... Ai,querido Joaquim Maria Machado, como são poucos seus seguidores que prezam a nós, meros leitores.

De qualquer maneira, mesmo não ligando muito pro gênero, me deu vontade de ler Criaturas.

leia também:

quarta-feira, 14 de abril de 2010

leitura sonora

Já que esse blog foi criado pra fazer uma leitura de mundo, independente do suporte, lá vai uma leitura crítica de uma apresentação musical:

Uma moça doce, alegre, com riso fácil e simpática até doer.
Isso aliado à uma personalidade divertida e dinâmica, um arzinho de timidez e uma voz maravilhosa.
Essa é Lia Veras, a cantora (e, agora, compositora) do show que eu tive a graça de prestigiar ontem, às 19 horas, no Centro Cultural Oboé que, aliás, tem uma programação gratuita de qualidade ímpar pouco frequentada, infelizmente.

Lia, que eu tive a felicidade de conhecer nos bastidores do Festival de Música de Ibiapaba, no ano passado, tem a voz suave com nuances de profundidade que surpreendem, além do bom humor e da conversa leve que mantém com a platéia, convidando-a, em diversos momentos, a participar ativamente do show.

Desde o momento que antecedeu a apresentação, com a presença dos músicos em contato direto com o público, perpassando pelo diálogo travado durante a apresentação, até os cumprimentos finais nota-se um contato marcante com a platéia.

O show, em si, teve qualidade excelente. Músicas que prestigiam compositores locais e de renome nacional, sempre no bom estilo MPB, com frevo, samba, marchinhas e outros ritmos tão brasileiros alegraram a noite, culminando na estréia da cantora como compositora, com um frevo muito gostoso e "a cara" da Lia, que ela compôs em parceria com uma amiga, Luciana.

Pra terminar, quero deixar meu elogio aos competentes músicos que a acompanharam: a violonista Rebeca Câmara, de presença marcante e desenvoltura notáveis, o violonista Victor Hugo Faustino (meu querido Vitinho, ou o nosso chuchu) que dispensa comentários, e o percussionista Denilson (perdoe-me se erro o nome) também ótimo músico.

Pra terminar, vai aí a lista de músicas do show( que se chama Lia Compasso de Alegria), só pra dar um gostinho:

A Violeira
(Tom Jobim/Chico Buarque)

Boca de Siri
(Wilson Baptista/Germano Coelho)

Nova ilusão
(Zé Menezes/Luiz Bittencourt)

Doroty Lamour
(Petrúcio Maia/Fausto Nilo)

Cantiga do Sapo
(Jackson do Pandeiro)

Respeita Januário
(Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira)

O que vier eu traço
(Zé Maria/Alvaiade)

Belle Frevo
(Luciana Costa/Lia Veras)

Coisa acesa
(Moraes Moreira/Fausto Nilo)

Vassourinha elétrica
(Moraes Moreira)


E o bis: Máscara negra/ Pierrô apaixonado.



sábado, 3 de abril de 2010

It’s morning.

It’s a sunny, warm, fresh morning.

And here I am, sitting in my bed, looking down through the window, watching the happiness of all these kids down at the lake.

Kids, that’s what they are. Just kids, like I was not so much time ago. Kids, like I was yesterday.

They sit down, they run, they swim, they laugh… Oh, God, they laugh.

They laugh like there’s no tomorrow, as they should laugh… as I should.

But I don’t know where that joy is anymore, and it’s so hard trying to find it lately, that I just considered stop trying.

My forehead touches the cold glass that separates me from their world.

And I feel like that glass is gonna be there forever, even when I’m in front of them, eating with them, hugging them.

Something broke inside of me, and that Glass is what keeps me going on.

And yet I hope it wasn’t there.

‘Cause today, even I see the bright sky, I know that the sun didn’t rise,

I know that it’ll never rise again.

The sky’s always gonna be this paled blue color,

The clouds will always be these unshaped pieces of cotton,

The stars will never be as bright as they were yesterday.

And I will never be happy as I was.

‘Cause I once found a joy in life that not many people find in a lifetime.

And, maybe, I wasn’t as grateful as I should’ve been.

But I knew everything was gonna be ok.

Yesterday.

All I know now is that yesterday is gone.

Forever gone.

And I’m not.

Just because of you.

‘Cause you were the joy I’ve found, and you were my sun.

You taught me how to see shapes in clouds, and you were the one.

You told me to look at the night, and there was always a new brilliant star you would show me.

And never the sky was as blue as the days that I spent with you.

And that’s only one reason for me to keep holding on.

It’s when you said that I could only prove my love for you if I stayed strong.

‘Cause you’re not here anymore,

And you took all my happiness away.

But I’m still gonna be keeping my promise.

As long as I can breathe, I’ll stay.

And I don’t care how much longer I’ll have to wait.

Wherever you are, you better be waiting too.

´Cause you may have given up you life for me,

And I may have promised I’ll not give up on mine for you,

But I never said I was gonna forgive you for leaving me behind, without my sun.

And I never, ever, said I was gonna stop loving you, my darling, my friend, my only one.

(Monnique São Paio)