domingo, 31 de março de 2013

De desculpas e desculpas e cometer o mesmo erro

Pois é... faz séculos que não passo por aqui...

Mas esse blog nunca foi pra fora, sempre foi pra mim... Se tem alguém por aí que ainda me acompanha ou tem curiosidade pelo que eu escrevo, me desculpa, pessoal (mais uma vez)

Dessa vez não vou prometer escrever mais, ou regularmente, vou só assumir que se parei de escrever é pq encontrei do lado de fora da pagina em branco distração suficiente para manter ocupadas minha mente e dedos e palavras.

E isso é bom. Ou não.

Enfim, lembrei que gosto de ler as coisas bobas e reflexivas que escrevo aqui, que escrevo pra vocês pra fingir que não estou escrevendo pra mim.

E isso é tudo.

Fim

sábado, 30 de março de 2013

De uma razão para os poemas



A verdadeira razão dos poemas

Dizem que os poetas -e, por extensão, os escritores- são movidos pela intensidade da dor que sentem ao escrever.Eu concordo.Sem a melancolia, a tristeza, os mais belos poemas do mundo seriam meros versos varridos pelo tempo. Passados, esquecidos.
Há, porém, dois tipos de tristeza no coração do escritor- bem sei eu, posto que o sou. A primeira é a mais conhecida, aguda tristeza que dói nos olhos, garganta, coração...Aquela que formiga os dedos e atrai o lápis à mão.A tristeza que nos impele a escrever, transpassar a dor e tornarmo-nos imortais, ou simplesmente admirados por alguns amigos, que nem toda dor é tão intensa e nem todo escrito é eterno.
A segunda, talvez menos conhecida, entretanto não menos real , é a dor que nos faz ler. Grave, profunda, devasta o peito, deixando-o vazio. Não derrama lágrimas, é muda e soturna, fria. É quando sentem tal tristeza, que os escritores mudam de lado. Procuram nas palavras alheias- ou nas próprias, quem sabe?-um conforto. Palavras que definam o que acontece, no momento em que os dedos falham e o lápis desaparece.
            Nesses momentos em que a dor não cria, apagados e meramente mortais, a razão da escrita se mostra, nua e clara. Não, nós não escrevemos para nos expressar.Não escrevemos para os leitores, nem ao menos para virar imortais.
            Escrevemos para nós mesmos, para quando precisarmos beber dessa fonte que jorra do peito de cada poeta, escritor,compositor.
E as palavras nos servem, doces, amargas, em todos os momentos e em cada tipo de tristeza...infinitamente.